quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Bracelete Palikur


Esse é um novo modelo de pulseira/bracelete/tornozeleira, é bem largo e o trançado é diferente e bonito. Utilizei fio encerado com dois tons de verde. Foi batizado com o nome da Tribo Palikur.

TRIBO PALIKUR {outros nomes: Paricuria, Paricores, Palincur, Parikurene, Parinkur-Iéne, Païkwené; Região: Amapá; Língua: Aruak}

No início do século, após a apropriação do território contestado pelo Brasil, os Palikur enfrentaram os maus tratos dos fiscais da aduana brasileira, que os recriminavam por não falarem o português e os acusavam de fazerem contrabando. Esta indisposição com o Brasil, decorrente das relações comerciais estabelecidas há séculos entre os Palikur e franceses, lhes valeu o apelido de amis de françois, e funcionou como uma força de atração para parte da população indígena, que passou a se estabelecer do outro lado da fronteira. Atualmente, os Palikur têm aldeias no Brasil e na Guiana Francesa e mantêm constante trânsito entre a fronteira. A rede de relações intra-étnicas se sustenta pelos laços de parentesco, alianças matrimoniais e trocas comerciais, a despeito das diferenças econômicas, políticas e sociais entre os dois países.
A cultura material é bastante diversificada. Os Palikur sabem fazer vários tipos de trançados, cestarias, potes de cerâmica, flautas de bambu e osso, carimbos faciais feitos em pequenos blocos de madeira, bordunas, escudos, arco e flecha, cocares de variados tipos de penas, bancos cerimoniais, canoas, etc.. São eles os únicos na região que sabem confeccionar os grandes potes para caxihi (bebida fermentada à base de mandioca, utilizada de modo fundamental nas festas de Turé, nos pagamentos de mutirão de roça e nas assembléias políticas) utilizados principalmente pelos Karipuna, que são os poucos da região a realizar o ritual do Turé.
Caso não se atribua um novo sentido para os objetos da cultura material, como a fabricação para a comercialização ou para a exposição num museu, não se sabe até quando os Palikur irão deter o conhecimento das técnicas para produção destes materiais. Com exceção dos trançados, da cestaria, das canoas e do arco e flecha, que possuem um uso utilitário, grande parte desta cultura material está relacionada com os rituais antigos, há bastante tempo abolidos. Hoje, apenas alguns homens e mulheres mais velhas dominam determinadas técnicas de produção.

Um comentário:

Nick Ven disse...

Que bacana cara, você poderia postar um tutorial, queria muito aprender a fazer isso. ^^