quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Bracelete Kulina

Esse bracelete é antigo, já faz algum tempo que eu o fiz, mas gosto muito dele. É simples e roots ao mesmo tempo. Nele utilizei fio encerado marrom com detalhe nas bordas de cor bege e uma de semente de Jarina arredondada.







SEMENTE DE JARINA {Phytelephas macrocarpa} – Família Arecaceae
(Também conhecida como taguá e marfim-vegetal)

Nativa da região equatorial das Américas Central e do Sul, distribuí-se por toda a região amazônica, principalmente no sudoeste do Estado do Amazonas, e no Peru e na Bolívia, preferindo crescer sob a sombra das árvores e em áreas úmidas.
Palmeira de tronco solitário ou em touceiras, com altura de até 2 metros. Suas flores têm aroma forte e seus frutos se parecem com ouriços. A semente, por ser semelhante ao marfim animal, é apropriada para esculpir, fabricar jóias e botões, absorvendo muito bem os corantes. As sementes podem levar de 3 a 4 anos para germinar, e a palmeira pode levar até 25 anos para iniciar a frutificação, o que a torna suscetível quanto ao manejo.
As sementes, quando novas, contêm um líquido leitoso e doce, apreciado pela fauna e pelos indígenas da Amazônia.
{fonte: Livro Sementes Ornamentais do Brasil}


TRIBO KULINA {Outros nomes: Culina, Madiha; Região: Acre, Amazonas, Peru; Língua: Arawa}

Vivendo nas margens dos rios Juruá e Purus, os Kulina destacam-se pelo vigor com que mantêm suas instituições culturais, entre elas a música e o xamanismo. Um exemplo disso é que, apesar do antigo contato com brancos e da proximidade de algumas aldeias com centros urbanos, não se tem conhecimento de nenhum Kulina vivendo fora de suas terras.
Grande parte da população kulina encontra-se na fronteira do Brasil com o Peru. No Brasil vivem em aldeias às margens dos rios Juruá e Purus (Acre) e, em 2002, somavam em torno de 2.500 indivíduos segundo a OPAN (Ong Operação Amazônia Nativa). Já os Kulina do lado peruano somavam aproximadamente 500 pessoas em 1998 (SIL - Summer Institute of Linguistics).
No passado os Kulina viviam em grandes malocas de palha, possuindo duas aberturas situadas uma a leste e outra a oeste, que abrigavam grandes famílias. Atualmente vivem em casas construídas sobre pilotis, nos moldes regionais das habitações dos seringueiros amazônicos. Seu assoalho é de paxiúba, variando entre um e dois metros sua distância em relação ao solo. O telhado é coberto com folhas de jarina - uma espécie de coqueiro local -, inclinando-se em duas águas, num ângulo de aproximadamente 45 graus.
As habitações atuais abrigam cerca de no máximo 20 pessoas, reunidas em torno de um patriarca que convive com os seus netos e genros. Essa situação perdura até que estes últimos construam suas próprias casas e plantem seus roçados, o que normalmente acontece após o casal já ter filhos.
Os Kulina dominam as técnicas de cultivo e processamento do algodão, dele produzindo suas roupas, tingidas com urucum, bem como suas redes, bolsas e cintos, os quais comercializam esporadicamente nas cidades ou por meio dos múltiplos agentes que eventualmente freqüentam suas aldeias.
Como seus vizinhos Kaxinawa produzem colares com dentes de animais, sementes e valorizam sobremaneira as pedras, por vezes até lhes atribuindo propriedades mágicas. Utilizam-se bastante das várias espécies de palmeira para adornos rituais, assim como chapéus de faixas de palmeira, saias e faixas corporais. Também são famosos pelos trabalhos em madeira maciça, tais como bancos em forma de animais como jacarés, antas e onças, além de pequenos bonecos esculpidos e barcos.
Além dos rituais xamânicos, a musicalidade kulina se expressa na forma como o cotidiano é musicalmente representado, seja vocal ou instrumentalmente, nos longos dias do Alto Purus. Ouvem-se mulheres cantando para os filhos ao cozinhar, ao tecer o algodão na roça para tramar suas redes, homens e mulheres tocando suas flautas, cantos de ajie ao anoitecer e os particulares sons do arco musical: o jijiti.
{fonte: http://pib.socioambiental.org/pt/povo/kulina}

2 comentários:

Anônimo disse...

hello... hapi blogging... have a nice day! just visiting here....

Unknown disse...

saudaaaaaaaade de vc!
beijos