BRINCOS IKOLEN

Voltando a postar fotos dos meus trampos, segue um par de brincos feito há algum tempo. Utilizei fio encerado marrom, ganchos maiores e acobreados que eu gostei muito de usar (os brincos ficam mais compridos e charmosos), e uma semente que eu não sei ao certo se é de Tucumã ou Tucum. Vou ficar devendo essa. De qualquer forma, teremos um pouco sobre cada semente e sobre o povo Ikolen, que emprestou seu nome a esses brincos. O tamanho é mais ou menos 10cm.

TRIBO IKOLEN {outros nomes: Gavião de Rondônia, Gavião Ikolen; região: Rondônia; língua: Mondé}

Os Ikolen, também conhecidos como Gavião, são falantes de uma língua da família Tupi-Mondé. Habitam a bacia do igarapé Lourdes e outros afluentes do rio Machado (ou Ji-Paraná), no estado de Rondônia, próximo à divisa com o Mato Grosso. Sua população distribui-se em seis aldeias, todas elas localizadas no interior da Terra Indígena Igarapé Lourdes, que compartilham com um outro grupo indígena: os Karo.

A cultura material dos Ikolen é muito variada e, após o contato com não-índios, passou a ser destinada à comercialização também. A maior parte do artesanato é produzida pelas mulheres, embora os homens confeccionem itens de arte plumária com grande habilidade, utilizando penas de papagaio, arara e gavião-real. São também produzidos pulseiras, colares, brincos e anéis com coco de tucumã, inajá e ossos de animais. E cestos, paneiros e redes feitos de fibras vegetais, palha de babaçu, cordames de algodão cru e cipós, usados cotidianamente no transporte de cultivares, por exemplo.
O volume de artesanato produzido para venda depende da demanda no mercado consumidor. Assim, por ocasião de exposições agropecuárias em municípios próximos, a produção é intensificada, mobilizando quase toda a comunidade. Em contrapartida, quando encerradas tais exposições, a produção e a renda diminuem significativamente.
{fonte: http://pib.socioambiental.org/pt/povo/ikolen}


TUCUMÃ {Astrocaryum aculeatum}

Palmeira de tronco solitário e ereto, com frutos de casca dura e polpa carnosa. Ocorre na Região Amazônica em formações florestais pouco densas e capoeiras, em terrenos bem drenados. Sua polpa é comestível, cheirosa, rica em vitamina A e muito apreciada na culinária. As fibras dos folíolos são usadas na confecção de cestos e redes, e os frutos e as sementes são utilizados na fabricação de diferentes tipos de adornos, como brincos, pulseiras e colares.
{fonte: Livro Sementes Ornamentais do Brasil}

TUCUM {Astrocaryum vulgare}

Espécie de palmeira nativa da Região Amazônica. As espécies de Tucum são as mais importantes fontes de fibras, além de servir como alimento, sendo também utilizadas em utensílios domésticos. Sua semente é a matéria-prima dos famosos anéis de tucum.
{fonte: www.ambientebrasil.com.br}